sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Diário de sonhos: O gato-lhama e a criança

Da noite de 31/10/2013 para 01/11/2013

Três ou quatro vizinhas conversavam em frente a uma casa, eu estava entre elas. Alguém diz - penso ter sido a voz da minha mãe - para mim: Olha, Zinha, o tamanho dessa gata! Foi então que notei o animal entrar na casa. Seu pelo era anormal, azul e cheio de desenhos que lembravam vitrais. Era enorme! Do tamanho de um cachorro São Bernardo, o maior deles! Em seguida, a gata aparece na rua e começa a brincar comigo, alisei o seu pelo. Que afago maldito! A gata não quis mais sair de perto de mim e como ela era grande e pesada, estava me aborrecendo. Avisei à dona, mas ela fez pouco caso. Avisei outras duas vezes e a dona continuou fingindo que não ouvia. Saí pelo meio da rua desesperada tentando fugir do animal, foi quando uma vizinha - que não era nenhuma daquelas do começo - saiu de sua casa pilotando uma moto. Ela estava furiosa e avançou sobre a gata que estranhamente tomou forma de lhama. Nesse intervalo, surgiu uma criancinha negra de aproximadamente três anos trajando apenas cueca. A criança brincava na rua e, junto com o bichano, foi arrastada pela moto. Muitos gritos e desespero se sucederam, enquanto eu permanecia paralisada; sumi da cena. Mulheres corriam de uma lado para outro tentando socorrer o menino, já muito ensanguentado. Seu rostinho coberto de vermelho é a imagem que me dói. A dona do animal pegou a criança no colo e me abraçou. 


Acordei nesse momento por alguma mensagem no celular. Sem forças, pois os músculos não respondiam. Sinto que de alguma forma, mesmo tendo o sono interrompido, o sonho teve um final. Triste, é claro, mas ele tinha que acabar ali, me deixando na dúvida: A criança sobreviveu ou não? Torço profundamente para que sim. O abraço da mulher me soa como uma lição, um pedido de desculpas, um remorso... 

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