Querido, eu quero apagar as luzes e dançar ao som de Lana Del Rey sob as luzes do meu abrir e fechar de olhos. Porque eu sou louca, baby. Eu vou descer essas escadas e sair correndo, eu sou perturbada e um carro quase me pegou. Eu vou tomar o drink da mão daquele cara, eu vou tomar, eu vou aceitar dos estranhos. As luzes inexistentes ainda estão a piscar. Você se incomoda com isso? É divertido e pisca no ritmo da minha corrida rumo a Tomorrowland. Eu amo você, baby. Eu amo você. Eu sucumbi ao delírio, venha comigo, venha. Dança e olha para o céu que é o mais bonito de tudo nesse mundo, mas tem também o mar. As tuas vibrações com as minhas, põe teus dedos rente aos meus. Vem comigo, vem. Tem de vir dançando. Somos duas estrelas cadentes agora e alguém nos verá e poderá fazer duas súplicas. Você não quer vir? Você quer fazer amor? Então faremos. Chama-me de Carmim, de Scarlet e Rubi. As minhas bochechas elas estão da cor do pôr do sol. Sublime. É amor e posso sentir, você também? Esse suspiro diz que sim. Deite aqui do meu lado. Sua pele, ela é tão bonita e dourada de sol. Você prefere o mar e eu acho que você tem razão. Você entende tudo o que eu falo? Alguns dizem que eu estou doente e cada vez que eu ouço isso, baby, eu tenho vontade de mergulhar mais em mim mesma. As pessoas não valem nada e você vale tudo. Agora me dê um gole disso aí. Sabe, minha infância foi tão confusa, você conhece a minha história. Eu cresci, mas as memórias, a gente não tem a opção de apagá-las, elas me fazem padecer. E é por isso que nós bebemos não é? Para percorrer outros caminhos da mente. É bom ter você aqui, é lindo que você esteja segurando a minha mão enquanto eu falo. Posso deitar sobre o seu corpo? O amor é a droga mais forte, a alucinação mais louca e inexplicável, é o melhor êxtase que existe.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
sábado, 31 de maio de 2014
"Muito mais difícil escrever e até mesmo publicar um romance"
Formado
em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, escreve para a Folha
de S. Paulo no Blog Mural e já foi vencedor do prêmio Jovem Jornalista do
Instituto Vladmir Herzog. Em 2012 recebeu o prêmio de melhor TCC (categoria
livro-reportagem), concedido pelo Banco Itaú. Além de “Cidade do Paraíso”,
publicou “ABC da Educação”.
Com frequência,
jornalismo e literatura andam de mãos dadas. Desde “Os Sertões”, de Euclides da
Cunha, o livro-reportagem é marcado por uma controversa classificação: produto
jornalístico ou literário? O entrevistado é Vagner de Alencar, que lançou há
pouco o aclamado livro “Cidade do Paraíso – Há vida na maior favela de São
Paulo”. Com presença confirmada na Feira Internacional do Livro de Bueno Aires,
na qual a cidade de São Paulo será tema, Vagner contribuirá tanto na difusão do
cenário retratado na obra, quanto na produção do gênero no Brasil. Ele
conversou com o Facom News sobre a convergência entre jornalismo e literatura, esclarecendo
a relação escritor-jornalista.
Facom
News – “Os Sertões” é considerado o primeiro livro-reportagem brasileiro. Nele,
no entanto, é possível notar nuances artísticas que também o classificam como
literário. Em que ponto jornalismo e literatura convergem?
Vagner
de Alencar – O jornalismo é o ato de informar, narrar o real.
Quando a gente fala em literatura, normalmente a associamos à ficção. Hoje
falamos em jornalismo literário que é essa convergência entre ambos os gêneros.
Essa mistura entre o noticiar, porém com uma ‘ornamentação’ do texto, com uma
boa narrativa, mais profunda, capaz de dar ao leitor uma visão mais ampla do
acontecimento. E essa mistura de linguagens está presente nos
livros-reportagens, em revistas como Piauí e Brasileiros, por exemplo.
FN
– Jornalistas podem ser escritores? Já que não há obrigatoriedade do diploma de
jornalismo, escritores podem ser jornalistas?
VA
–
Jornalistas já são escritores, na verdade; escritores dos causos cotidianos,
esportivos, policialescos. A diferença é que são histórias picotadas: nos
jornais impressos e televisivos, no rádio ou em programas de tevê, geralmente
de curta duração (uma página do jornal, cinco minutos na tevê ou numa emissora
de rádio). Ao contrário do livro, que são muitas páginas. Com a perda da
obrigatoriedade do diploma, não só apenas escritores podem ser jornalistas,
como qualquer bom profissional: cientistas sociais, filósofos, psicólogos,
economistas, entre tantos outros profissionais, podem sim ser jornalistas. Se
formos reparar, há por aí muitos jornalistas que não cursaram a faculdade de
jornalismo. Na editoria de treinamento da Folha de S. Paulo, por exemplo, entre
os recrutados há dezenas de graduados em outras áreas.
FN
– Em qual dessas profissões você se vê?
VA
–
No meu caso, acredito que elas estão entranhadas, já que continuo escrevendo
matérias jornalistas como também textos não jornalísticos. Mas gosto de assumir
mais o posto de escritor de jornais. Acho que sou escritor pelo fato de ter
começado no mundo da escrita com crônicas e contos, das histórias cotidianas,
dos anônimos que, muitas vezes, não têm voz na mídia, que não me exigem as
técnicas necessárias para se escrever uma reportagem clássica com lides,
pirâmide invertida, fontes etc.
FN
– Livros-reportagem são comuns em TCCs, como foi o processo de produção?
VA
–
O “Cidade do Paraíso” nasceu pela minha indignação de como os grandes meios de
comunicação tratavam – e ainda tratam a periferia –, sempre sob o estereótipo
do tráfico e da violência. Como morador e estudante de jornalismo na época, eu
senti que era aquele o meu papel social. Desde 2010, sou um “correspondente” de
Paraisópolis, para blog Mural, da Folha de S. Paulo, que é formado por dezenas
de estudantes de jornalismo e jornalistas que vivem nas periferias de São
Paulo, e nasceu como uma forma de falar sobre o que acontece sobre suas regiões
sem estigmas. A partir desse trabalho, em que eu vi diversas histórias brotarem
a partir dessa cobertura, eu falei “Putz, é isso! Vou escrever um livro sobre a
minha favela; a maior favela de São Paulo”. Então resolvi garimpar outras
histórias e recuperar a maioria daquelas veiculadas no blog e dá-las mais
profundidade.
FN
– Como é ver seu trabalho da faculdade numa das principais livrarias do país?
VA
– Reconhecimento
é a palavra que define esse sentimento. Na verdade, não o Vagner de Alencar,
escritor, mas sentir que meu trabalho enquanto jornalista está tendo um
propósito. Mudar a imagem da periferia é esse objetivo. Contar tantas histórias
inspiradoras “escondidas” entre tantos becos e vielas e mostrar às pessoas que
esses pequenos labirintos são muito mais do que o esconderijo da venda de
drogas.
FN
– É um desafio trazer o livro como um produto jornalístico. Quem consome? Você
se deparou com outras barreiras? Se sim, quais?
VA
– No
caso do meu livro não vi tanta dificuldade. Como o tema teve e tem um grande
apelo, foi tranquilo nesse sentido. Acharia muito mais difícil escrever e até
mesmo publicar um romance, por exemplo. Cerca de 6% da população brasileira
vive em favelas, de acordo com o IBGE. São mais de mais de 11 milhões de
habitantes que vivem na periferia. Ou seja, é um assunto que atinge a toda a
população. Desde o morador que vive na favela e se sente marginalizado pela
televisão, até o vizinho rico que nunca pisou lá e quer conhecer esse “ingrato”
companheiro de região.
FN
– O jornalista é basicamente um contador de histórias. Por que o título de
escritor?
VA
– Um
jornalista é um escritor, não o deixa de ser. Mas a figura do escritor está
condicionada, normalmente, ao fato de você ter escrito e publicado um livro.
FN
– No seu livro você procurou adaptar a reportagem para um formato mais
literário. Por quê?
VA
– Pela
linguagem, que permite aprofundar mais as histórias. Explorar não apenas o fato
noticioso em si, ir para além do lide formado por “O que? Quem? Quando? Onde?
Como? Por quê?” e permitir com que o leitor imagine como é a respiração da
personagem, leia como ela se senta à mesa, como gesticula os braços, qual é o
seu jeito de falar. Dar essa subjetividade necessária para que o leitor se
sinta mais próximo a ela.
FN
– Por fim, como fazer para adquirir sua obra? E o que você tem a dizer para
quem pretende ler?
VA
–
O livro está à venda em livrarias físicas aqui de São Paulo, mas é possível
encontra-lo nas principais livrarias on-line. Para os leitores de Cidade do
Paraíso, a tônica do livro é seu subtítulo “Há vida na maior favela de São
Paulo”. Não quero mostrar “a vida”, mas “há”, do verbo haver, existe. Desvelar
às pessoas que nunca foram à favela por preconceito, que a vida pulsa ali, que
existem pessoas incríveis, com histórias impressionantes.
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O menino maluquinho do jornal
Aos 12 anos dono do próprio jornal,
primeiro editor-chefe do Facom News, vintão numa Tribuna da Bahia quarentona e
fã do É O Tchan: um breve relato do histórico de êxito de Victor Pinto.
Num lugar não muito distante daqui, onde as mulheres desfilam elegantes com seus bobes nos cabelos e onde maestro Josevaldo ensina música a criancinhas, nasceu ele: Victor Pinto, o menino do jornal. Na quinta-série, enquanto seus coleguinhas brincavam de pega-pega e esconde-esconde, ele brincava de fazer jornal. O brinquedo chamava-se inicialmente Diário de Notícias. Hoje, com o nome de Correio do Mês, é um dos principais veículos de informação do município de Conceição do Coité.
Num nervosismo inicial, ele coça a
cabeça e sorri desconcertado ao falar sobre si mesmo. “Victor Pinto é um menino
que cresceu, hoje é um rapaz e que é apaixonado por comunicação, louco por
comunicação, respira comunicação”. Sabe qual é a primeira coisa que esse rapaz
faz ao acordar? Ligar o rádio ou o computador e ouvir/ver notícias. Workaholic assumido: “Eu gosto de
trabalhar, é meu vício”, se entrega.
Deitada no sofá ao lado a amiga acrescenta
que Victor tem alma de gente velha. Mas ele se explica: “Eu me considero uma
pessoa muito responsável, eu sempre fui muito além da minha idade”. Sua vida é
como a de Miranda Priestly de O Diabo Veste Prada, em que a rotina profissional
lhe rouba o tempo da pessoal. A sorte é que ainda pode contar com amigos que o
carregam pelo braço e não deixam que ele enlouqueça.
O menino do jornal cresceu e virou
Victor do jornal. E é esse que
atualmente tenta segurar o tchan com
a alta demanda de trabalhos. Coordenador de mídias na Fundação Dom Avelar (um
jornal, três rádios e três sites), ainda tem que separar um tempo para a bolsa
do Neojibá e correr para a Tribuna da Bahia, onde é repórter, para fechar as
pautas de política.
E quem disse que acabou? Às
sextas-feiras é monitor da matéria Temas Especiais em Radiojornalismo na Facom.
Já passou pela assessoria do CREMEB, já foi estagiário do Política Livre e
“louco, louco de pedra” entrou para a Record. Essa última experiência lhe
acrescentou um vasto know-how
televisivo, mas deixou sua rotina insana. “Agora é que eu comecei a ter uma
vida de gente”, diz aliviado.
A sina da ação foi aprendida em Coité, a
Facom apenas aprimorou o que já fazia. “Tem teoria que não serve para porra
nenhuma, é igual à matemática que tem certos conteúdos que a gente não vai usar
mais nada na vida”. Ele defende o estilo de ensino de Ziraldo – que outrora
teve o deleite de entrevistar –, o modelo prático da Professora Muito
Maluquinha: ler e escrever, somar, subtrair, multiplicar e dividir.
“Minha filha, a minha turma foi a
primeira do Facom News. Não tem aquele lema: Questione. Exclame. Discuta? Quem
criou fui eu, fiz a primeira logomarca do Facom News! Eu fui também o primeiro
editor-chefe!” , dizia assim com seus olhos demais arregalados. “Ah, Lia é
maravilhosa, Lia é ótima!”, sobre associar teoria e prática.
Para relaxar no meio dessa barafunda
completa, só mesmo escutando É O Tchan, Novos Baianos, Caetano, Gil, Bethânia,
Ivete, Banda de Boca. Com a cabeça vacilante e a boca cheia de dentes conta: “Tenho
como referência baiana É O Tchan! É O Tchan é estourado, É O Tchan é minha
paixão”. Ainda sobre música, ele diz que uma das melhores coisas que lhe
aconteceu foi poder entrevistar o cantor Fagner. “Eu consegui, olha, uma luta,
uma batalha e foi legal, ele falou da carreira, dos projetos”.
Segundo Victor, para o pau que nasce
torto se endireitar, é necessário errar e aprender com isso. “A vida, se você
pensa que ela é fácil de viver, sabe de nada, inocente. E quem quer ter uma
vida [...] sem ganhar dinheiro fácil – que esse até o santo duvida – tem que ralar,
ainda mais quando se é pobre, vindo de uma cidade do interior”, ao sentir na
carne as nem tão doces mudanças advindas da escolha de morar na capital.
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quarta-feira, 26 de março de 2014
A barata e a mulher
Acordei às 5h30 da manhã para enfrentar o trânsito e conseguir chegar à faculdade às 7h. Realidade de muita gente. Aulas de 7h às 13h. Realidade de quase todo estudante universitário. Processo seletivo para a empresa júnior de comunicação às 14h. Realidade dos que querem aprender na prática. Início do processo às 14h30. Realidade impontual das coisas no Brasil. Término do processo às 17h. Caminho até a orla para chegar ao ponto de ônibus, horário de pico, tudo lotado, tudo congestionado. Realidade diária. Espero o Vilas do Atlântico passar. Chegam dois ao mesmo tempo. Entro no segundo busu, pago mais uma tarifa amarga de R$2,80. Penso: "São R$5 e..." faço uns cálculos estranhos e "São R$5,60 por dia". Como uma luz no fim do túnel: uma poltrona vazia. Meus olhos se iluminam, eu sento. O relógio marca 17h15, calculo o tempo também e concluo que devo chegar em casa por volta das 19h. Para não desperdiçar esse tempo, pego para ler uma apostila que a professora solicitou para o dia seguinte. Tipos e gêneros do discurso.
Espetáculo G.H | Reprodução/Teatro Candeia |
Entre exemplos e diferenciações, a leitura vai fluindo como dá entre o barulho e o balanço. "Tais categorias correspondem às necessidades da vida cotidiana..." Alguém se aproxima e se apoia do lado da minha poltrona, observo a mão sem olhar para o rosto: é uma mulher. Continuo. "e o analista do discurso não pode ignorá-las". Não posso ignorar a mulher. Mas observo direito e a mão nem é enrugada, meu cansaço fala alto. Leio a frase completa: "Tais categorias correspondem às necessidades da vida cotidiana e o analista do discurso não pode ignorá-las". Meu Deus, "necessidades da vida cotidiana", "não posso ignorá-la". Ela resmunga algo, mas minha audição é péssima e não consegui ouvir. Deve ter sido algo sobre o caos do horário ou sobre o próprio cansaço. Tento me fazer de distraída, também estou cansada, mas "não posso ignorá-la". Começo a criar um labirinto existencial tal qual G.H. ao ver a barata em "A paixão segundo G.H" de Clarice Lispector. A mulher sou eu num futuro próximo. Não quero ter varizes. Permaneço sentada. Ela tem uma tatuagem, eu não. Acabo ignorando-a: necessidades da vida cotidiana.
segunda-feira, 24 de março de 2014
Tudo o que é perfeito a gente pega pelo braço (TRANSIÇÃO UFS-UFBA)
A
convite de um amigo e porque eu mesma me devo isso, vou agora pagar uma dívida.
A mim e a ele. Quando coisas boas acontecem em nossas vidas, precisamos deixar registradas,
afinal nossa memória tende a diminuir com o passar do tempo e acabamos
enlatando bons momentos em meros flashs.
Estou vivendo um processo de transição ainda bem confuso; é como andar entre a
magia e a desordem (calma, vocês vão entender). Sempre foi um sonho entrar na
UFBA, eleita uma das melhores universidades de comunicação do país, mas a
decepção de não passar na segunda fase me deixou bem abalada. No entanto, havia
prestado vestibular e sido aprovada para o mesmo curso (Jornalismo) em outras
universidades. Entre UFRB, UNEB e UFS, optei pela última.
Todos
tentavam me confortar relatando as maravilhas de Aracaju, mas não funcionava
muito. Mesmo assim segurei o tchan e
fui. Com o coração doído de deixar os planos perfeitos para trás, abracei a UFS
e a UFS me abraçou. O primeiro dia lá foi ótimo, fizemos um passeio para
conhecer os prédios e alguns veteranos nos ofertaram algumas oficinas, onde
tive o meu primeiro contato com uma câmera profissional. Para ser sincera, senti
falta de uma recepção mais glamorosa — colocaram a culpa da negligência na
última greve. No entanto, no segundo semestre, fomos contemplados com a Semac,
onde ocorreu o evento In-Comunicações, que nos deu um insight sobre a produção cultural no estado de Sergipe. Comecei o
primeiro semestre meio frustrada, porém menos tensa, porque não houve trote, os
veteranos responsáveis desistiram de aplicar. Aos poucos fui descobrindo os
professores, amando uns, odiando e temendo outros... Típico de aluno. Aprendi
muito com eles, mesmo com os odiados. As pessoas que conheci me ensinaram a enfrentar
uma “cidade-grande” e me fizeram me sentir menos sozinha nesse lugar. Era legal
morar em Aracaju, toda bonitinha, arrumadinha, uma orla organizadinha, coisa de
cidade planejada mesmo. Só a mobilidade urbana que é um problema, só.
Ao
mesmo tempo em que estudava para a faculdade, estudava também para o ENEM, jogava lá no meio, metia em cima, metia
embaixo. Tentei a UFBA novamente e passei. Explode coração é muita emoção no ar! IHÁÁÁÁ THUTHUTHUPÁ! Dançando,
dançando! É daqui da Bahia que vos falo, meus reis! Depois de muitos
quiproquós retados para me desligar da UFS e de Aracaju, cá estou na minha
primeira semana na UFBA. As expectativas são grandes, mas sei que não vou me
arrepender dessa escolha. De toda forma, obrigada, Aracaju!
Bom,
as duas universidades são bem diferentes. A UFBA possui muuuitas instâncias
(mais de seis, certeza!) para colocar o jornalismo em prática. Enquanto a UFS
só possui a Rádio UFS, pelo que me lembro. No entanto, os alunos só podem
estagiar após o terceiro semestre, momento em que recebemos a autorização do
colegiado. Todo ano é realizado um evento de recepção dos calouros com
palestras, gincana, oficinas e claro, festas. A diferença básica que me fez
trocar uma pela outra foi a forma como a Cidade de Salvador lida com a cultura.
Aqui tenho mais opções e um horizonte maior de possibilidades nesse âmbito, são
tantos cartazes e convites que fico perdida! Bastantes eventos com entrada
franca, enquanto em Aracaju eu tinha que desembolsar valores meio salgados para
ter acesso. Uma saudade grande da UFS: o RESUN. A comida daqui é horrível,
custa R$ 2,50 e já causou infecção alimentar em muita gente. Não me esqueço
daquelas sextas-feiras de feijoada... Outro ponto positivo da UFS era a BICEN,
reclamávamos do pequeno acervo, não é? Aqui o problema não é o acervo, mas sim
uma procura muito alta porque a UFBA é imensa, é muita gente, minha gente! Existe
um prédio exclusivo da área de comunicação chamado FACOM, mais conhecido como
FACONHA, pois os adeptos da marijuana, de
todos os cursos possíveis, se reúnem na Varandinha para tragar a massa. Ou
seja, se quiser saber onde fica é só seguir a fumaça! Por enquanto é isso que
posso dizer, estou feliz, estou na Bahia. Um abraço!
quinta-feira, 13 de março de 2014
É por essas e outras que hoje declaro: Sou feminista!
É triste, muito triste ter que dizer isso, mas eu não amo meu avô paterno e nem o materno. Não dói dizer, pelo contrário, me alivia, melhor do que guardar sozinha. Como eu ia dizendo... É triste dizer, mas não dói. É triste porque eu queria que fosse feliz. Queria apenas que eles tivessem maior presença na minha família. Cordeiro, meu avô paterno — e que não chamo de avô — teve com a minha avó Flor dez filhos de nomes esquisitos. Afonso, o materno, deu à minha avó Hilza — a qual herdei o nome e que sequer tive o prazer de conhecer (morreu antes de eu nascer) — treze filhos, além dos outros tantos adotivos. Acho que toda família tem algum momento obscuro guardado no passado, os defeitos da minha ressurgiram há pouco tempo.
Cordeiro foi um homem de muitas posses, era dono de uma boa parte da nossa cidadezinha do interior e dos terrenos que cercavam a Barragem Grande, mas mesmo sendo afortunado colocava os filhos pequenos para vender os produtos da fazenda na cidade. Tinha muita influência justamente pelo dinheiro e geralmente conseguia as coisas com muita facilidade, costumava fechar os bares com os amigos e possuía muitas raparigas. Um machista imbecil e arrogante que subestimava minha avó e seus filhos aos seus caprichos. Meu pai e meus tios me contam das surras furiosas e dos severos castigos que ele lhes aplicava. Vó Flor não tinha que aguentar aquilo por muito tempo, como não aguentou e pediu o divórcio. Uma mulher naquela época precisava de muita coragem para encarar a vida sozinha: desempregada — porque mulher só servia para procriar — com nove filhos e uma desilusão amorosa. Os meninos mais criados e taludos foram dando conta dos menores, a mais nova tinha cerca de dois anos quando Cordeiro os abandonou. Um fardo terrível! Ele se mandou pelo mundo com suas várias raparigas e seu muito dinheiro a "aproveitar a vida", sem se lembrar de ninguém. Foi botando tanto filho no mundo que hoje deve somar uns trinta perdidos por aí. Tenho um tio de cerca de oito anos, mas só o vi uma vez por foto, ainda bebê, quando numa das visitas de Cordeiro ele fez questão de nos mostrar o que seu pinto mole ainda era capaz de fazer. Todo o seu glorioso império ia se acabando, pois tudo era gasto com presente para as "putas". Porque mulher que é comprada por dinheiro e presente, para mim, é puta. E as visitas e ligações dele para os meus tios começavam a ficar cada vez mais frequentes... Pedia dinheiro para comprar remédio, pois a velhice chegara e agora o seu vigor estava se esvaindo. Alguns filhos, com razão, lhe viraram as costas, mas meu pai — que de tão bom é besta, vez ou outra quando ele pedia, mandava-lhe um trocado. A velhice chegava cada vez mais implacável, as dívidas com presentes para as putas se acumulavam e sua aposentadoria ia pelo ralo. A coordenação motora e a visão já não funcionam mais como antes, tão pouco o seu pinto e por isso nem as putas o querem mais, imagine minha avó, pois ele ainda teve cara de pau de lhe fazer uma nova proposta. Foi espantado da casa dela a cabo de vassoura, que é a tradição de de vovó para gente sem vergonha (como um certo prefeito que quis comprar seu voto).
Amo e admiro minha avó paterna. Não posso dizer isso da materna porque não a conheci, mas todos os relatos que ouvi foram bons e engraçados.
Sem mais delongas, contei essa história para declarar que SOU FEMINISTA. Vou me envolver cada vez mais na causa e assim voltarei para contar outras tantas histórias. Os homens que se cuidem! rs
Amo e admiro minha avó paterna. Não posso dizer isso da materna porque não a conheci, mas todos os relatos que ouvi foram bons e engraçados.
Sem mais delongas, contei essa história para declarar que SOU FEMINISTA. Vou me envolver cada vez mais na causa e assim voltarei para contar outras tantas histórias. Os homens que se cuidem! rs
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
A calcinha, a expectativa e a frustração
É comum nos aniversários de namoro fazermos alguma homenagem um para o outro. Embora muita gente considere careta e meloso demais, eu acho importante e pretendo me esforçar sempre para fazer algo legal. Nesse último ele adoeceu e foi cedo para casa, é sempre muito irritante quando isso acontece e acontece com frequência por causa da rinite alérgica. Aí vem coriza, que complica e provoca dor de cabeça e o olho lacrimeja e a garganta inflama, um quiprocó retado. Mas foi nesse momento que eu pude ficar sozinha para preparar uma surpresinha boba para o nosso dia. Passei a noite recortando coraçõezinhos vermelhos e escrevendo frases... Não parece, mas dá um trabalhão retado. Fiquei pensando em algo mais elaborado, porque só isso era muito pouco. Então planejei jogar os corações numa trilha pela casa para que ele me encontrasse assim que acordasse para xixi de manhã rs. Acordei bem cedo no dia (7:30h), comprei um pão recheado para tomarmos café e fui fazer a patacoada toda. Joguei os corações, distribuí bilhetes: "Está lembrando que dia é hoje? 25! E o que é que nós comemoramos? Nosso amor!" "516 dias" "Soy locona por ti", dentre melosidades a mais.
Eu sabia que ele acordaria tarde, então fui lá pelas 9h para ter tempo de fazer tudo e nada dar errado. Esperei até umas 11h, ouvindo ele tossir e se mexer na cama. Cada barulho me dava uma esperança de que ele logo iria se levantar. A paciência foi acabando e a barriga foi reclamando de fome e então eu resolvi dar uma batida na porta e saí correndo para me esconder kkk. Em poucos segundos ele abriu a porta e ouvi dizer "Oxe". Ufa, respirei aliviada. Ele veio pela trilha, recolhendo os bilhetinhos e me encontrou, já todo bobo, agradecendo muito. Eu sabia que ele sequer estava lembrando, mas era perdoável no estado em que o bichinho se encontrava na noite passada rs. Então chamei-o para tomar café e em cima da mesa, o pão que ele tanto gosta: recheado com frango e catupiry, acompanhado de outro bilhete "Até quem me vê lendo jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei".
O dia foi legal até aqui.
Eu também tinha baixado alguns filmes para assistirmos, mas ele teve que estudar a tarde inteira para o concurso. Eu comprei uma calcinha bonita para esse dia, mas não rolou nada. Eu lavei e hidratei o cabelo, mas ele não pode sentir o cheiro porque o nariz estava entupido. Aff, é sempre muito chato quando ele está doente. Pelo menos aprendi algo com o dia: nunca crie muitas expectativas quando estiver com uma calcinha bonita, ele vai te procurar quando você estiver com uma calcinha bege manchada e furada.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Metas: Transferindo de 2013 para 2014
Todo mundo costuma estipular metas a serem cumpridas durante o ano, essa listinha geralmente é feita no final do ano anterior ou no começo do ano que começa rs. Os estudantes prometem se dedicar mais, os assalariados pretendem ser mais responsáveis e felizes no dia-a-dia, o pedestre quer economizar para comprar um carro e tal e etc. Eu não sou diferente de ninguém: nem sempre cumpro as metas no ano previsto e acabo procrastinando para o ano seguinte ou por mais tempo ainda.
No meu blog "mais público", digamos assim, fiz em 2013 uma lista chamada "Projeto TOMAR VERGONHA E...", lá eu coloquei alguns dos meus maiores desejos a serem realizados (não importa em quanto tempo).
Seguem os realizados:
Sabe, foi difícil não passar na primeira vez e está sendo difícil ter passado agora. Eu estava toda estabilizada em Sergipe, o custo de vida lá é melhor do que em Salvador, será um fardo financeiro para os meus pais, mas eles entendem que é meu sonho, minha necessidade. Sinto saudade do convívio com as pessoas que conheci lá... Mas sei que a UFBA me fará crescer. Intelectualmente, politicamente, culturalmente.
Então, a parte boa da experiência em Sergipe foi justamente conhecer pessoas e ter novas experiências. Cada uma, a seu modo, me acrescentou. Cada jeito de ser implicou no meu, cada momento somou na minha memória.
Livemocha e Duolingo para não esquecer o que já foi aprendido. Eu conheço muitas palavras em inglês, mas geralmente não consigo formar frases porque a gramática não é o meu forte.
De LG T300 para Galaxy Y, deste para Galaxy Ace. Não é nenhum iPhone, mas supre as minhas necessidades de me manter conectada.
Hahaha sério, eu amo palavras-cruzadas. Faço aniversário no natal e me presentei no dia 25 com 25 livrinhos de jogos. Até mandei alguns para minhas amigas de correspondência e presenteei mami poderosa, papi poderoso e minhas sisters glamourosas.
Graças a Flávio (citei acima) e aos meus professores lá da UFS, eu me interessei mais por filmes. Passei a procurar mais informações sobre os diretores, atores, estilos, fotografia e todos os bastidores que sucedem a composição da sétima arte. Os últimos que vi são aqueles considerados undergound, que fogem ao típico modelo da indústria. Profundos e sem finais felizes.
GENTE, doeu, mas passou. Prefiro não falar sobre esse assunto.
Enfim, depois de uns quinze minutos de observação, entendi quais os segredos para um bom brigadeiro de panela. Minha irmã mais nova me ensinou a não queimá-lo.
Participei das manifestações de junho em Aracaju (SE), apenas observei porque sou politicamente analfabeta. Estava lá apenas para entender o movimento e me informar sobre as reivindicações, quem eram as classes participantes e o modo como agiam.
Bom, é isso. Acho que entre 2013 e 2014 pude realizar bastante coisa legal que guardarei no coração e na memória. Para mim, é muito importante escrever sobre isso... Tenho a memória de peixe e logo me esqueço da intensidade dos dias e das conquistas.
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Nós, os filmes.
Meu amor, são quase duas da madrugada e uma sensação maravilhosa rouba meu sono. Um filme que começa feliz e torna-se drama para logo em seguida acontecer algo bom e inesperado que ficará guardado para dar sequência ao segundo filme. Esse segundo será dirigido por nós dois num outro cenário, com novos personagens, novas aventuras, sorrisos e certamente alguns novos dramas. Todos que assistirem dirão que o segundo é bem melhor. Você alterou o roteiro do primeiro e inspirou o novo filme. Pagamos muito caro por ele, mas o sucesso é certeiro. Não sei se você está acompanhando o que eu quero dizer — porque eu sou muito confusa mesmo, mas seria muito precipitado falar que vou aonde você for? É que parece tão certo estarmos juntos... E amo tanto você!
E então, que nome sugere para nossos longas-metragens?
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Divos e meus | Tchau, Aracaju!
Nada é em vão. Deus coloca
pessoas e situações em nossas vidas para nos fazer crescer. Foi o que aconteceu
comigo em Aracaju. Cada pessoa que conheci e cada momento que vivi me
acrescentaram de alguma forma. Como esquecer de Flávio depois de todas as
madrugadas que passamos conversando antes mesmo de sermos colegas? Obrigada
pelos filmes que você me indicou, amigo, pela lealdade, pela companhia gostosa
e por ter me ensinado todos os paranauês relativos a andar de ônibus. Grace e
Mona, o doce e o cítrico. Grace é o doce que não se enjoa! Grata pela bondade e
solicitude. Mona, uma pessoa “de verdade”; dois papos nunca fazem história para
você e se bater de frente é tiro, porrada e bomba! Aprendi com você, Monaliaaasa.
Alisson, Denner e Ulisses, os novos baianos e divos! Cinho, um dos gostos
musicais mais porretas que eu já encontrei. A gente pula em Saulo Fernandes,
dança a pisadinha do Brega & Vinho e tira as letras de Los Hermanos lá do
âmago e do violão. Denner, velho. Que pessoa! O dono do humor negro que não ofende
rs. O avatariano que não tem preconceitos, que brinca porque se garante rs.
Pare de assaltar corações. Ulisses, o ursinho! Está para nascer criatura mais
fofa e sincera. Obrigada, querido, por me apresentar The Smiths, ouço “Ask”
nesse momento. Vico e Calu, os twitteiros da depressão. Os sofredores de
plantão. Vico, vou sentir saudades do seu abraço matinal, suas gírias levarei
comigo! Calu! Como falar de Calu sem falar de Cacau? As histórias e aventuras
de Cacau são melhores que qualquer Marley&Eu! Obrigada pela sua presença,
nunca deixou que eu me sentisse só. Ellenzinha também! Minha parceira de samba
do Arnesto, obrigada por esse dia e por todos os outros! Ainda quero o meu
desenho do Cheshire Cat! John, que me fazia chorar de rir! Minha estrela, não pare
de brilhar! Os dias sem você na UFS eram sem graça. E é logiquíssimo, querido,
que voltarei para te ver. Te adoro muito! Siri e Lila, como eu já disse,
obrigada pela convivência de paz e alegria. Que as futuras reuniões fiquem
pequenas para esse 203, que a felicidade reine nesse apartamento e deixem essa
síndica bater que nós já cansamos dessa fuga! Não vemos motivo para uma
festinha de tantas risadas não ter o seu lugar. Manda o recalque daquele
vizinho de cima passar longe! E cuidem de Sr. Gói! Meu coração tá confuso.
Metade se parte, metade pulsa. Foi muito bom, gente! Sejam sempre bem-vindos ao
meu coração e, claro, à minha amada Bahia.
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domingo, 5 de janeiro de 2014
Estratificação na Blogosfera: Riquinhas X Pobretonas
Passando a retina pela lista de blogs que sigo, comecei a notar algo estranho. Já não entendo porque sigo certos blogs e a frase "volta blogosfera" parece ganhar ainda mais sentido. Desde que essa esfera foi invadida por seres "não desenvolvidos" houve uma contaminação estilo gripe suína. É uma preocupação enorme em todo o mundo. Esses seres adquiriram também duas anomalias: a precocidade e a desunião, germes inéditos nesse cosmo. É ser que copia, é hacker que rouba senha, é gente que se veste como uma mulher aos doze anos de idade. Isso aqui está um caos, é o assunto entre os nativos. Isso aqui já foi mais justo e pacífico. O maior embate travado é: moda e capitalismo pra cá e vida, criatividade e reciclagem para lá. A blogosfera tem várias estratificações, listo duas que vejo com maior frequência:
As riquinhas
Com blogs de layouts atraentes que compraram com algum designer e domínios simples, essas se dão bem e ganham dinheiro por já terem dinheiro. O blog cresce porque o visual é legal, ela estudou em escola particular e escreve bem, consegue fisgar o público pela organização do próprio lay. Faz o look do dia, coloca a marca e o preçinho. Look do dia atrai, principalmente se a blogueira souber o que anda fazendo a cabeça das meninas, mas que elas ainda não podem comprar ou porque não têm dinheiro ou porque essas coisas ainda não chegaram no interior. Então, com um público grande, começam as parcerias e os jabás. Ganha visibilidade e logo já é um blogueira grande, embora não tenha nem vinte anos ainda! O sucesso é como o de Justin Bieber, aliás um ídolo da maioria delas. Depois é que aprendem sobre empreendedorismo e montam uma loja virtual com preços superfaturados de peças compradas no Ebay. Nem todas seguem à risca essa carreira, mas geralmente elas se encaixam em duas características desse perfil.
As pobretonas
Aviso logo que pertenço a essa casta; pobres unidas jamais serão vencidas. Somos as sobreviventes, a maioria com menos de trezentos seguidores e que com muita coragem e economia resolvem comprar um domínio para aderir às últimas tendências virtuais que fizeram os blogs menos instintivos e cada vez mais um produto. Um produto empacotado por um link que o transforma e lhe dá um ar mais profissional. Somos as chatas da divulgação, porque pobre que é pobre lota diariamente os grupos específicos para isso. As analfas do HTML que pegam um modelo já pronto ou dão uma simples alterada pra fingir que é original (e muitas vezes acaba sendo!). A criatividade do pobre é maior, mas nem sempre melhor. Titia Shame cansa se provar isso. Não temos uma boa câmera e por isso ou assaltamos o We Heart It ou pedimos fotos emprestadas (com créditos) para salvar nossos posts. A novidade do instagram também revolucionou a fotografia nos blogs das pobretonas, pois podemos dizer que "ah, gente, desculpa pela má qualidade, é que foram de celular". Sonhamos com o dia em que seremos iguais as riquinhas, mas criticamos elas enquanto isso não acontece; puro recalque.
Existem muitas outras formas de se identificar essas classes, devo tê-las esquecido, mas se alguém lembrar, riremos juntos. Há também as subclasses, ou seja, aquelas inseridas nessas, como por exemplo: as literárias, as fotógrafas, as viajantes, as invejosas, etc. Apesar da guerra, tudo isso ainda me faz rir.
Existem muitas outras formas de se identificar essas classes, devo tê-las esquecido, mas se alguém lembrar, riremos juntos. Há também as subclasses, ou seja, aquelas inseridas nessas, como por exemplo: as literárias, as fotógrafas, as viajantes, as invejosas, etc. Apesar da guerra, tudo isso ainda me faz rir.
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Titia Shame,
We Heart It
sábado, 4 de janeiro de 2014
Respirando fundo, aaaaaah...
Namoros à distância são sempre horríveis, sempre. Não há exceção. Tem aquela parte boa do reencontro, de matar a saudade com beijos carinhosos, abraços infindáveis e sexo com amor. Mas antes de tudo isso vem aquela tortura da voz bonita que fala ao telefone, trazendo consigo a tristeza de não tê-la concreta para poder acariciar o rosto, beijar a testa e os dois olhinhos, dormir juntinho, mesmo que a posição de conchinha não seja confortável para ele por muito tempo. Muitos diminutivos, quando a coisa toda do amor é superlativa e hiperbólica. Exagerada, jogada aos seus pés.
Mas, voltando ao que eu disse, é sempre ruim. Fazer as coisas sozinha é muito ruim, comprar algo sem um palpite (mesmo que não mude e nem ajude em nada) é ruim, não ter alguém para abraçar ao receber notícias boas ou ruins, é ruim. Estou muito mal acostumada porque se tinha que beber um copo d'água, levava outro para ele e vice-versa. Fiquei dependente e quase estou convencida de que amor é mesmo uma droga...
Mas, voltando ao que eu disse, é sempre ruim. Fazer as coisas sozinha é muito ruim, comprar algo sem um palpite (mesmo que não mude e nem ajude em nada) é ruim, não ter alguém para abraçar ao receber notícias boas ou ruins, é ruim. Estou muito mal acostumada porque se tinha que beber um copo d'água, levava outro para ele e vice-versa. Fiquei dependente e quase estou convencida de que amor é mesmo uma droga...
Eu e Bem nos conhecemos na quinta série, tínhamos 11 anos os dois. Idas e vindas, amor e desamor, nos temos há oito anos. De relacionamento sadio e maduro pouco tempo, mas suficiente para saber que ele é o homem meu, o que eu quero casar (olha só), viajar, ter um cachorro e lá na frente (bem lá na frente) um guri. Eu achei o homem que me fez querer casar e ter um filho, então eu suponho que é amor, muito amor. Respiro fundo e aaah... Faço cara de menina boba.
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