segunda-feira, 24 de março de 2014

Tudo o que é perfeito a gente pega pelo braço (TRANSIÇÃO UFS-UFBA)

A convite de um amigo e porque eu mesma me devo isso, vou agora pagar uma dívida. A mim e a ele. Quando coisas boas acontecem em nossas vidas, precisamos deixar registradas, afinal nossa memória tende a diminuir com o passar do tempo e acabamos enlatando bons momentos em meros flashs. Estou vivendo um processo de transição ainda bem confuso; é como andar entre a magia e a desordem (calma, vocês vão entender). Sempre foi um sonho entrar na UFBA, eleita uma das melhores universidades de comunicação do país, mas a decepção de não passar na segunda fase me deixou bem abalada. No entanto, havia prestado vestibular e sido aprovada para o mesmo curso (Jornalismo) em outras universidades. Entre UFRB, UNEB e UFS, optei pela última.
Todos tentavam me confortar relatando as maravilhas de Aracaju, mas não funcionava muito. Mesmo assim segurei o tchan e fui. Com o coração doído de deixar os planos perfeitos para trás, abracei a UFS e a UFS me abraçou. O primeiro dia lá foi ótimo, fizemos um passeio para conhecer os prédios e alguns veteranos nos ofertaram algumas oficinas, onde tive o meu primeiro contato com uma câmera profissional. Para ser sincera, senti falta de uma recepção mais glamorosa — colocaram a culpa da negligência na última greve. No entanto, no segundo semestre, fomos contemplados com a Semac, onde ocorreu o evento In-Comunicações, que nos deu um insight sobre a produção cultural no estado de Sergipe. Comecei o primeiro semestre meio frustrada, porém menos tensa, porque não houve trote, os veteranos responsáveis desistiram de aplicar. Aos poucos fui descobrindo os professores, amando uns, odiando e temendo outros... Típico de aluno. Aprendi muito com eles, mesmo com os odiados. As pessoas que conheci me ensinaram a enfrentar uma “cidade-grande” e me fizeram me sentir menos sozinha nesse lugar. Era legal morar em Aracaju, toda bonitinha, arrumadinha, uma orla organizadinha, coisa de cidade planejada mesmo. Só a mobilidade urbana que é um problema, só.
Ao mesmo tempo em que estudava para a faculdade, estudava também para o ENEM, jogava lá no meio, metia em cima, metia embaixo. Tentei a UFBA novamente e passei. Explode coração é muita emoção no ar! IHÁÁÁÁ THUTHUTHUPÁ! Dançando, dançando! É daqui da Bahia que vos falo, meus reis! Depois de muitos quiproquós retados para me desligar da UFS e de Aracaju, cá estou na minha primeira semana na UFBA. As expectativas são grandes, mas sei que não vou me arrepender dessa escolha. De toda forma, obrigada, Aracaju!

Bom, as duas universidades são bem diferentes. A UFBA possui muuuitas instâncias (mais de seis, certeza!) para colocar o jornalismo em prática. Enquanto a UFS só possui a Rádio UFS, pelo que me lembro. No entanto, os alunos só podem estagiar após o terceiro semestre, momento em que recebemos a autorização do colegiado. Todo ano é realizado um evento de recepção dos calouros com palestras, gincana, oficinas e claro, festas. A diferença básica que me fez trocar uma pela outra foi a forma como a Cidade de Salvador lida com a cultura. Aqui tenho mais opções e um horizonte maior de possibilidades nesse âmbito, são tantos cartazes e convites que fico perdida! Bastantes eventos com entrada franca, enquanto em Aracaju eu tinha que desembolsar valores meio salgados para ter acesso. Uma saudade grande da UFS: o RESUN. A comida daqui é horrível, custa R$ 2,50 e já causou infecção alimentar em muita gente. Não me esqueço daquelas sextas-feiras de feijoada... Outro ponto positivo da UFS era a BICEN, reclamávamos do pequeno acervo, não é? Aqui o problema não é o acervo, mas sim uma procura muito alta porque a UFBA é imensa, é muita gente, minha gente! Existe um prédio exclusivo da área de comunicação chamado FACOM, mais conhecido como FACONHA, pois os adeptos da marijuana, de todos os cursos possíveis, se reúnem na Varandinha para tragar a massa. Ou seja, se quiser saber onde fica é só seguir a fumaça! Por enquanto é isso que posso dizer, estou feliz, estou na Bahia. Um abraço!

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