sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Google apresenta: Mobile Day no Brasil

O celular está deixando de ser nossa segunda ou terceira tela, para ser a primeira. Somos ciborgues, vivenciamos a era das tecnologias acopláveis, vestíveis. Estas já fazem parte do nosso corpo, são nossas extensões. Uma pesquisa revelou que nós checamos nosso celular cerca 150 vezes ao dia.

No dia 10 de junho, a Google realizou em várias cidades do Brasil o Mobile Day, um dia para os mobiles experts de amanhã. A mídia móvel é a que mais cresce atualmente. Segundo pesquisas da empresa, o celular já ultrapassou o desktop. Talvez, suponho, isso se deva ao fato de o mobile ser facilitador de nossa vida. Os celulares/tablets estão sempre conosco porque podemos carregá-los com facilidade. Dificilmente ficamos sem conexão e muitas pessoas priorizam lugares que disponibilizam sinal wi-fi. 

A tecnologia mobile mudou as formas de interações humanas, resolvemos pequenos e grandes problemas em poucos toques: pagamos contas de qualquer lugar, evitamos filas, pedimos táxis com agilidade, as comunicações são instantâneas e até aliviamos o tédio. Esses fenômenos estão tão intrínsecos em nós que já nem lembramos como éramos antes de toda essa tecnologia, estamos naturalizados.

Renato Meirelles, fundador da Data Popular, lembra que "a internet hoje faz com que os muros que separavam as classes A e B das classes C e D se destruam". A classe C é a nova dona da internet no Brasil, correspondente a 2/3 da população economicamente ativa do país. Renato ainda argumenta que a internet impacta muito mais essa classe porque os ricos sempre tiveram um maior acesso à informação. O Brasil, por exemplo, já é o 5º maior mercado de smartphones do mundo!

Agora o nosso comportamento como usuários móveis é baseado em momentos, ou melhor, micro-momentos, nos quais pegamos nossos aparelhos em intervalos do dia para agir em nome de nossas necessidades. Para os anunciantes, existe um conjunto de momentos decisivos, que são aqueles em que nós enquanto consumidores apresentamos nossos desejos e intenções. Através disso, eles podem nos ajudar em nossas decisões. Mas ainda existe um grande problema nesse modelo de negócio. Ao passo que os consumidores abraçam o mobile, muitas marcas estão recuadas quanto à importância dele. Só 5% do investimento publicitário é destinado para essa mídia. As empresas ainda não se desapegaram dos modelos de venda antigos. Não é porque as compras costumam acontecer com mais frequência no desktop que o mobile deve ser desprezado. O poder de conversão mobile é sim muito grande porque os celulares são um suporte prévio da decisão de compra, seja de pesquisa, de comparação de preços e inclusive o último clique, a própria compra.

E é justamente por esse motivo que eu acredito que a Google criou este evento. É preciso desmistificar o mercado mobile e esclarecer as estratégias ideais para as plataformas. Essas estratégias fazem o UX (User Experience) do marketing, que é um termo em inglês para designar as experiências de uso afim de garantir a melhor experiência. Serve para fazer com que a utilização dos aplicativos seja mais intuitiva, descomplicada. Migrar do desktop para o mobile requer uma readaptação do conteúdo, não apenas transferência. O ponto positivo dos aplicativos é proporcionar uma experiência mais rica em relação aos sites, mas não basta criar um aplicativo só por criar, para ser mais um canal de comunicação. Reforço: os aplicativos devem, prioritariamente, promover EXPERIÊNCIA, de visual, de conteúdo, de venda. O mobile é excelente para estender e complementar as limitações do desktop. 

Para simplificar essa migração, a Google disponibiliza gratuitamente 25 técnicas infalíveis para se ter a melhor experiência mobile. Essa compilação é tão genial que pensa em detalhes como o tamanho de nossas mãos e o alcance de nossos polegares para definir o desenho dos aplicativos! 

Assista aqui o documentário:

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